
A partir da entrada do pecado no mundo, e mesmo após a vinda do Verbo Encarnado, Jesus Cristo libertador das culpas, a nossa geração insiste em se comportar como uma geração de coração duro.
Jesus veio, e vem através dos evangelhos, nos trazer ensinamentos novos e bons. Entre seus ensinamentos encontramos o perdão, ensinamento este que nos direciona a perdoar ao próximo e a buscar a nossa reconciliação com Deus Pai, em nome do Filho através do Espírito Santo que nos impulsiona.
No Sermão da Montanha (Mt 5, 23-24), Jesus nos fala que antes de ofertarmos algo à Ele, devemos pedir ou perdoar a quem ofendemos ou a quem por nós foi ofendido, e somente após esta atitude lhe entregar a nossa oferta. Assim Ele nos ensina que não adianta oferecermos tudo o que possuímos se não somos capazes de dar ou de pedir perdão, encontrando-nos como possuidores de um coração onde falta a identificação do nosso ser falho.
Como imagem e semelhança do nosso Deus Pai de Misericórdia, Jesus nos convida (através do evangelho segundo São Mateus 5, 44–45) a amar nossos inimigos, a fazer o bem a quem nos odeia e a rezar por aqueles que nos maltratam. Sabemos que essa missão não é fácil, mas para caminharmos com Cristo aceitar este convite se faz necessário. No evangelho segundo São Mateus 18, 21-22, o discípulo Pedro pergunta a Jesus se perdoar uma pessoa sete vezes bastaria e Jesus responde a Pedro, que ele deveria perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete. Espero que ninguém agora tenha parado para calcular o resultado de quantos perdões devemos dar, pois Jesus não queria dizer que devíamos perdoar uma pessoa quatrocentos e noventa vezes, mas naquele momento transmitia que devíamos perdoar sempre.
O Catecismo da Igreja Católica (3ª parte, 2ª seção, cap. II, art.4-III) nos afirma que “é na família onde aprendemos o amor fraterno e o perdão generoso”. O aprendizado ocorre não apenas porque nossos familiares nos amam e nos perdoam, mas principalmente porque é neste local que exercemos a prática de doar o nosso amor e o nosso perdão. Precisamos aprender com Cristo que o perdão começa a partir de nós, sem a espera do primeiro passo do outro, matando o nosso orgulho, e assim, transformando nossos corações duros em corações humildes.
Para alcançarmos a graça de morar para sempre no céu, precisamos nos tornar imitadores de Cristo, perdoando como Ele perdoa, cheios de amor e misericórdia.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará. (Mt 6, 14-15)
Por: Monique (Coordenadora do Min. Intercessão)
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